quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Miki Fehér, oito anos depois

Decorria uma noite de domingo, dia 25 de janeiro de 2004, quando Vitória de Guimarães e Benfica jogavam para a 19.ª jornada do campeonato. Seria o último jogo para Miklós Fehér.

O nosso João Pereira saiu aos 59min para dar lugar a Fehér. Nos primeiros segundos do período de compensação o avançado ainda fez a assistência para o golo de Fernando Aguiar, o único naquele encontro. Dois minutos depois, Fehér atrasava a marcação de um livre. Viu o cartão amarelo, sorriu, virou as costas para o árbitro Olegário Benquerença e caiu. Os médicos e colegas de imediato aperceberam-se que ele tinha sofrido uma paragem cardíaca, e o seu colega Sokota tirou-lhe a língua da garganta com as suas próprias mãos para que Miki não sufocasse imediatamente, tendo de seguida sido submetido a uma reanimação, nesta altura todo o estádio já se tinha apercebido da gravidade da situação. Uma ambulância entrou no campo para transportar o jogador para o hospital. Nessa mesma noite, viria a ser confirmada a morte de Miklós Fehér, devido a uma cardiomiopatia hipertrófica. Tinha 24 anos.

Oito anos depois, a memória do jovem avançado continua bem presente entre os adeptos portugueses e o povo húngaro.
Antes de mais, o Benfica, o último clube que Fehér representou em vida. O emblema encarnado decidiu retirar a fatídica camisola 29 e entregar anualmente prémios em memória do jogador. Para além disso, mandou fazer um busto para perpetuar a memória do avançado. Ao lado do busto encontra-se o equipamento desse último jogo, onde podemos ver em baixo.




Na Hungria, Miklós Fehér também não é esquecido. Os pais do jogador abriram um museu em Gyor, terra-natal, com todas as recordações da carreira do avançado.
Gyor é mesmo o sítio onde Miki é lembrado com maior pompa e circunstância. Anualmente, no final de Dezembro, é organizado um torneio de caridade com o nome do malogrado atleta, juntando antigas estrelas do futebol local.



Para além disso, centenas de jovens húngaros convivem diariamente com a memória de Fehér. O Gyor Eto F.C., clube que descobriu o seu talento, avançou para a construção de uma academia de futebol e de um colégio com o nome de Miklós Fehér.
Esta tarde, no dia em que se completa mais um ano de desaparecimento do jogador, familiares e amigos rumarão ao cemitério para uma sentida homenagem. Nunca será esquecido.

(adaptado do MaisFutebol)

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